Escrito por: Peterson Leandro
Olá senhoras e senhores!
Depois de
uma leve pausa no feriado da Semana Santa, estamos de volta e eu espero que estejam todos santificados, porque estou pronto para pesar o clima. Você
que acompanha sabe que esse é um blog leve e suave, com a proposta de
observar as melhores coisas da vida, mas eu quero quebrar a regras. Se seu
coração é fraco, é melhor parar por aqui, mas se não, faça suas preces, peça
por proteção e venha comigo, porque essa semana vamos conhecer 13 curiosidades
que cercam o maior clássico do cinema horror: O EXORCISTA!
QUE EXCELENTE DIA PARA UM EXORCISMO. |
13. INSPIRAÇÃO
O Exorcista estreou em 26 de
dezembro de 1973 (FELIZ NATAL!) e é baseado no excelente livro homônimo de
William Peter Blatty (também roteirista e produtor do filme), que por sua vez se baseou na
história de real de Roland Doe, pseudônimo dado pela igreja
católica para um garoto supostamente vítima de possessão nos anos 1940 em
Maryland, nos EUA. Esse foi um dos poucos exorcismos sancionados pela Igreja no
país, aprovado depois de acontecimentos sobrenaturais terem sido testemunhados
por nove padres e mais de trinta testemunhas.
12. PRIMEIRA MORTE
Burke Dennings, o diretor do
filme que está sendo rodado durante a história, é o primeiro personagem a
morrer nas mãos do demônio Pazuzu. Curiosamente, o ator Jack MacGowran, que
interpreta Dennings também foi o primeiro membro do elenco a morrer, apenas uma
semana depois de terminar as filmagens da sua participação, vítima de pneumonia
(?).
11. CENÁRIOS AMALDIÇOADOS
Um incêndio inexplicável
destruiu boa parte do cenário principal, atrasando a produção em cinco semanas.
O detalhe é que o fogo consumiu tudo com exceção do quarto onde acontece o
exorcismo. Outro problema ocorreu com o
prédio que servia de cenário externo da casa dos MacNeil. É que o imóvel
permaneceu vazio por mais de 30 anos, já que ninguém tinha coragem de comprar.
A própria Warner o adquiriu de vez e o transformou em um ponto turístico.
10. DIREÇÃO NADA
MISERICORDIOSA
Em busca de maior realismo das
interpretações, William Friedkin fazia uso de métodos peculiares. O diretor gostava de
andar armado e dava tiros para o alto no set, com o fim de tensionar o elenco e
captar reações sem avisar que a câmera estava rodando, por exemplo. Contam que
ele esbofeteou diante da câmera William O'Malley, um religioso de verdade que
interpretou o padre Karris, para captar nele uma expressão de tensão mais
genuína na última cena em que ele ministra a extrema unção do padre Karras.
9. ‘WHIP MY HAIR BACK AND FORTH’
Esse método custou uma séria
lesão lombar na atriz Ellen Burstyn, que interpretou Chris MacNeil, a mãe da
menina Regan. Durante as filmagens da cena em que ela é arremessada contra a
parede pelo demônio, o diretor fez a atriz usar um colete atado em uma corda,
que a puxava para trás com enorme força - ele pediu ao câmera para registrar a
cena antes sem a atriz ser avisada do baque, com o fim de captar um susto real. Linda Blair também sofreu ferimentos pelo mesmo motivo e conta-se que seus gritos em determinadas cenas são reais.
8. EQUIPE TÉCNICA
Os profissionais responsáveis
pela parte técnica do filme também não escaparam. O homem que refrigerava o
quarto onde aconteceu as cenas de possessão morreu de maneira inexplicável. Um
vigia noturno que cuidava dos cenários foi morto a tiros durante uma madrugada e até um carpinteiro cortou o polegar fora!
7. EXORCISMO NEGADO
Poucos sabem, mas um exorcista
se negou a exorcizar O Exorcista. Eu explico. Diante de tantas situações estranhas,
o elenco e equipe técnica passaram a trabalhar ansiosos e tensos. Para resolver
o problema, William Friedkin pediu que Thomas Birmingham exorcizasse os sets,
para afastar os maus espíritos (ou confortar a equipe psicologicamente). O padre
se recusou a atender o pedido, mas frequentou o set durante toda a produção
distribuindo bênçãos.
6. COM (A VOZ DO) DEMÔNIO NÃO
SE BRINCA
A dubladora Mercedes
McCambrige, responsável por dar a voz à versão possuída de Regan, precisou se
esforçar muito pelo personagem. Ela passou a fumar seis
maços de cigarro por dia, comer maças defumadas e ovos crus para adquirir ele tom macabro,
mas seu trabalho se quer foi reconhecido porque na pós-produção 'esqueceram' de colocar o nome nos créditos. A atriz venceu o processo contra a Warner
e ganhou um bom dinheiro, além de, claro, ter seu nome incluído na ficha técnica.
5. E COM (A MÚSICA DO) DEMÔNIO
NÃO SE BRINCA
Outra vingança veio por parte
de Lalo Schifrin, que compôs uma trilha original para o filme e foi rejeitada
por William que preferiu usar uma já conhecida (que pode ser ouvida abaixo). Schifrin vendeu a trilha
rejeitada para o filme “A Casa do Horror”, de 1979 e como recompensa recebeu
indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro, coisa rara para um filme de terror.
4. PAZ AMEAÇADA
A pequena Linda Blair espantou
crítica e público com seu talento, sendo indicada ao Oscar de melhor atriz
coadjuvante àquele ano. Mas sua vida não foi lá tão bem depois disso. Com o
lançamento do filme, Linda passou a receber diversas ameaças de morte de radicais
religiosos e teve que passar a andar com seguranças.
3. CARREIRA AMALDIÇOADA
Diferente de Drew Barrymore,
que ainda criança estrelou o terror “Firestater” e só viu sua carreira
progredir depois disso, por exemplo, a de Linda travou com sua participação em O Exorcista.
Até então considerada uma criança prodígio, após o longa Linda só conseguiu
trabalhos em produção de baixo orçamento, foi indicada três vezes ao Framboesa
de Ouro como pior atriz, se envolveu com drogas e até sextapes! Na última
década sobreviveu de participações em séries de TV e do que sua personagem de
1973 ainda le rende. Em contrapartida, Ellen Burstyn foi indicada à cincos
Oscars, sete Emmys, um BAFTA e cinco Globo de Ouros desde então. Nota-se que a culpa não
foi do Diabo.
O PODER DE CRISTO O OBRIGA!
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2. SEQUÊNCIAS APAVORANTES
Mais terríveis que as cenas de possessão de O
Exorcista são suas duas sequências e (duas) prequência(s). Em 1977 foi lançado “O Exorcista II – O Herege”, protagonizado
pela própria Linda Blair, porém um vexame de público e crítica. Não contentes com o
fracasso da sequência, em 1990 lançaram “O Exorcista III”, baseado em outro
livro sobre um serial killer escrito pelo próprio William Peter Blatty que,
originalmente, em nada se relaciona com a história de Regan e o demônio Pazuzu.
Nos anos 2000, não apenas uma, mas duas prequências do clássico foram
produzidas, ambas protagonizadas por Stellan Skarsgård, no papel do jovem padre
Lankester Merrin, mas foi a versão do diretor Renny Harlin, intitulada “O
Exorcista: O Início”, que ganhou as telonas em 2004. Infelizmente.
1. PREMIAÇÕES
O frisson causado pelo filme
trouxe sucesso de público imediato. A produção custou US$ 12 milhões e faturou
US$ 441 milhões, valores bastante consideráveis para a época e gênero. A
crítica especializada foi quase unânime quanto à aprovação. No Metacritic, site
que contabiliza nota de críticas, o longa sustenta a incrível pontuação de
82/100 até hoje. Foi indicado à dez Oscars, inclusive de melhor filme, primeiro do
genêro a conseguir tal feito, além de sete indicações ao Globo de
Ouro e está na lista dos 100 melhores filmes de todos os tempos
da American Film Institute.
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The Exorcist (O Exorcista)
Gênero: Terror
Direção: William Friedkin
Roteiro: William Peter Blatty
Produção: William Peter Blatty e Noel Marshall
Elenco: Ellen Burstyn, Max von Sydow, Linda Blair,
Jason Miller e Lee J. Cobb
Classificação Etária: 18 anos.
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