6 de abril de 2014

MÚSICA - Reykjavík / The View

Escrito por: Victtorhugo Martins

Ei, pessoal!

Há alguns meses, vi um filme cujo tema central era alpinismo. Imagens nas alturas são sempre de tirar o fôlego. Logo no início, dois amigos alemães escalam uma alta montanha e durante a rota vertical eles usam seus martelos para cravar um instrumento chamado pitão nas fendas das paredes rochosas. Esse instrumento de metal, depois de fixado, serve para conectar um tipo de anel pelo qual se passa a corda que irá garantir a segurança durante o percurso.
Mas que relação isso poderia ter com música? Nenhuma, certo?

Escalar uma montanha é uma simples analogia para o processo de alcançar aquilo que queremos na vida. É comum pensarmos que nossos objetivos estão adiante, ou acima de nós e que teremos certo esforço para alcança-los. Mas o que marca nossa vida durante esse trajeto? Nossas memórias são um bem muito precioso, o que vamos levar conosco não serão apenas as lembranças de um humilde começo ou de um final glorioso no topo daquilo que arduamente conquistamos.
Aqui entra a música. Além de todas as suas possíveis “utilidades”, ela pode servir pra nós como pitões cravados na rocha do tempo. Pode servir como uma pequena garantia que nos fará lembrar dos momentos felizes ou difíceis que tivemos durante o caminho que trilhamos nessa vida. Como marcos, de um ponto a outro. Se você tomar uma música como companheira em algum desses momentos decisivos, ele será marcado de forma especial por ela.

Tenho, desde 2008, o hábito de criar listas de músicas no meu perfil do last.fm (uma ótima rede social para quem curte música). Nas minhas listas, separo as músicas por períodos de tempo. Aquelas músicas que vou conhecendo e que ganham um significado especial ou simplesmente são incríveis demais e passei horas ouvindo entram na lista. Quando o acaso me presenteia com uma música que se aplica exatamente ao momento em que estou vivendo é ainda melhor, entra na lista. Num prazo de três ou quatro meses eu fecho uma lista e começo outra. Se alguém quiser ver o que tenho guardado por lá, é só clicar aqui.

Pra mim, é bela a forma como nos conectamos à música, assim como sua presença e significado ao longo de nossa vida, e tudo isso, digno de registro.


Se a jornada é mais importante que o destino, a música pode torná-la bastante agradável. E além do mais, é divertido podermos criar nossa própria trilha sonora, não é?

Como anda a sua? :)

Termino por aqui e indico duas músicas que ouvi repetidas vezes enquanto escrevia:



Faixa: Reykjavík
Artista: Eberg
Álbum: Antidote
Lançamento: 09/01/2009
Ouça Aqui.












Faixa: The View
Artista: Christa Black
Álbum: God Loves Ugly
Lançamento: 08/12/2010
Ouça Aqui.










Até a próxima!