16 de agosto de 2010

As pessoas que perdemos e as que ficam

Esses dias eu tava me dando conta de como perdemos pessoas no meio do caminho da vida. Eu não to falando de quem morre, mas de quem vive e de alguma forma acaba não fazendo mais parte do nosso cotidiano.
Isso sempre aconteceu e sempre vai acontecer. Começa na infância, quando você tem os amiguinhos do colégio, convive com eles durante alguns anos e, de repente, seus pais mudam de cidade e puff.
Você entra pra um novo colégio, cresce um pouco e já anda de bando, já são seus amigos, mas aí você tem q mudar de colégio de novo, ou de bairro e puff.
Agora você já é adolescente, seus amigos serão eternos, as afinidades são encontradas e seladas. E não é que seus pais mudam de cidade de novo? A internet ainda não é lá essas coisas, nem e-mail você tem. Você nunca foi muito de mandar carta. Até pega o endereço de todo mundo, mas os dias vão passando, primeiro uma coisa, depois outra até que você acha que não tem mais “clima” pra mandar uma carta. Puff. Puff!
Na faculdade você encontra umas pessoas legais e pensa que essas sim vão pro resto da vida. É o que todos dizem. Só que aí você percebe que nem todas as pessoas querem estar pro resto da vida na vida de alguém. Normal, né? Ou não. Um milhão de puffs!
Pessoas são estranhas. Claro que tô me incluindo nisso. Gostamos da companhia de algumas pessoas, mas mesmo assim deixamos que elas se vão por razão nenhuma.
Contudo, há pessoas que ficam. Essas nós nem precisamos saber como ou porque, apenas sabemos que são nossas pessoas, nossos amores, nossos eternos. E é naturalmente bonito isso. Gastamos nossas vidas com eles, nos abrimos, doamos e não temos medo de nos mostrarmos reais. Assim, nós também ficamos.

2 comentários:

. Rebeca ♪ disse...

Me identifiquei com a parte 'E não é que seus pais mudam de cidade de novo?' Puff total --' rs Mas eh né, só fica o que tem que ficar... [ou não..]
Amo tu :*

Israel Fernandes disse...

Gostei, entre tudo, da parte que vc diz: "Contudo, há pessoas que ficam.". Apesar da distância (física ou social), são essas as que nunca partem.